Britânico ou americano: qual dos dois devo estudar?

Tempo de leitura: menos de 1 minuto

Michael Jacobs

Britânico ou americano?

Britânico ou americano: qual dos dois estudar?

Inglês britânico ou americano? Dizem que o inglês britânico é mais puro, pausado, claro e, portanto, mais fácil. Em contrapartida, outros alegam estar mais acostumados com o inglês americano, devido ao contato frequente com filmes e músicas dessa nacionalidade.

britânico ou americano

A meu ver, esse preconceito em torno das diversidades da língua inglesa resulta, em parte, do contato inicial do estudante com o seu instrutor, seja qual for a sua tendência linguística. Empatia, segurança, prestatividade e até mesmo um bom timbre de voz influenciam na compreensão, por isso é comum estranhar a pronúncia de um falante que não tenha todas essas qualidades.

Desvincule-se de todo preconceito e vício. Não entre nessa de ficar escolhendo com quem gostaria de conversar ou o que ouvir. Na época em que vivemos, marcada pela globalização econômica e cultural, devemos estar preparados para falar (e ouvir) o mundo.

O falecido dramaturgo e linguista George Bernard Shaw foi talvez o primeiro a comentar que a Inglaterra e os Estados Unidos são dois países separados por uma língua comum. Ele disse isso muito antes de a tecnologia moderna unir os povos dos dois continentes, como vemos nos dias de hoje, e dar origem ao que alguns chamam de “inglês do Meio-Atlântico”.

Da mesma forma, você tem de ser capaz de enfrentar também as variações de pronúncia dentro do mesmo país. Não tente justificar um despreparo zombando do sotaque do Texas, nos Estados Unidos – só para reforçar este exemplo, o ex-presidente americano George Bush fala clara e pausadamente, e ele é texano. Se você não estiver se comunicando em inglês corretamente, seu grau de dificuldade será o mesmo no Texas ou em Londres, onde é comum se deparar com um taxista proveniente da classe operária, cujo sotaque é reforçado com uma boa dose de cockney (o dialeto próprio de quem nasce numa região específica de Londres).

Segundo Charles Berlitz, fundador das escolas Berlitz, cada vez mais os alunos de inglês na Europa, América do Sul e Ásia preferem estudar com professores americanos para melhor compreender a fala americana (supostamente mais difícil para o aluno que a fala britânica) e para adquirir um sotaque americano. É interessante observar que, enquanto os alunos tentam adquirir um sotaque americano, os americanos ainda admiram muito o sotaque britânico.

O fato é que não devemos prejulgar, mas aceitar o inglês em todas as suas formas e referências culturais. Há, realmente, dessemelhanças de vocabulário, uso de palavras, gramática, ortografia, gíria, expressões idiomáticas, phrasal verbs e, claro, de pronúncia. Com tudo isso, americanos, ingleses, australianos, canadenses e outros falantes nativos se entendem perfeitamente, mas os não nativos ficam perplexos. Para superar todos os tipos de bloqueio, as boas escolas de inglês oferecem professores de várias origens.

Para garantir uma variedade de sotaques e estilos, você pode treinar seu inglês nos mais diversos lugares e situações. Corro o risco de ser óbvio, mas você pode falar inglês:

  • com brasileiros;
  • com estrangeiros;
  • nas aulas;
  • num país estrangeiro;
  • com outros alunos;
  • em certos bares;
  • com professores.

Aproveite todas as oportunidades para treinar!

CfOUTBACK: qual é o significado e a tradução de “OUTBACK”?

Cf. Diferenças gramaticais entre o inglês britânico e o inglês americano

Cf. HAVE YOU GOT…? x DO YOU HAVE…?: qual é a diferença?

Speak up! We’re listening…

Gostou do texto “Britânico ou americano: qual dos dois devo estudar?” do Prof. Michael Jacobs? Você tem preferência? Britânico ou americano? Por quê? Nós do Tecla SAP gostaríamos de conhecer sua opinião sobre o tema. Envie suas respostas na seção de comentários, no rodapé da página. Muito obrigado pelo interesse e pela participação.

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Referência

Como Não Aprender Inglês – Edição Definitiva, de Michael Jacobs, Editora Campus/Elsevier, 2002. Leia a resenha para obter mais informações sobre o livro. Adquira seu exemplar com total segurança no site da Disal Distribuidora.

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Ulisses Wehby de Carvalho

Celso, como vai?

Muito obrigado pela participação. Volte sempre!

Abraços

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[…] Cf. Britânico ou americano: qual dos dois devo estudar? […]

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[…] Cf. Britânico ou americano: qual dos dois devo estudar? […]

Marcio Gamba
Marcio Gamba
9 anos atrás

Encontrei o link que segue hoje navegando na net e lembrei desse seu artigo.

http://www.earthables.com/differences-between-british-and-american-english-1487206421.html

Ulisses Wehby de Carvalho
Responder para  Marcio Gamba

Márcio, tudo bem?

Excelente! Muito obrigado pela colaboração. Agradeço em nome de todos os leitores do Tecla SAP. Valeu!

Abraços

Ulisses Wehby de Carvalho

Vicky, tudo bem?

Muito obrigado pelas observações. Todas são muito pertinentes ao tema do post. Agradeço em nome de toda a comunidade Tecla SAP.

Volte mais vezes e comente sempre que puder.

Abraços

Ulisses Wehby de Carvalho

Beatriz, como vai?

Obrigado por contar sua história para os leitores do Tecla SAP. Sua postura em relação ao estudo das duas variantes é, a meu ver, a mais indicada. Detectar semelhanças e diferenças é fundamental para desenvolvermos um repertório lexical amplo.

A única “estranheza” que pode acontecer é você melhorar sua capacidade auditiva (listening), ampliar seu vocabulário e, como consequência, (Surprise, surprise!) falar inglês com desenvoltura e confiança.

Boa sorte nos estudos. Volte sempre!

Abraços

Beatriz Rodrigues
Beatriz Rodrigues
9 anos atrás

Confesso que não estava muito confiante se estava fazendo o certo. fiquei bem mais animada agora.
Obrigada Ulisses.

Ulisses Wehby de Carvalho
Responder para  Beatriz Rodrigues

Beatriz, tudo bem?

De nada. Para quem ainda tiver alguma dúvida, é só imaginar que talvez fosse possível uns 150 anos atrás se enfiar em um vilarejo e só ter contato com os falantes daquele lugar. Hoje, é praticamente impossível se desconectar do mundo, não é? É tudo junto e misturado! E quem não gostar, é só subir no cavalo e cavalgar rumo à Idade Média… 😉

Abraços

Guilherme Totoli Zanetti
Guilherme Totoli Zanetti
9 anos atrás

Compreendo e concordo em parte com o propósito defendido no texto; contudo, há, logicamente, uma diferença entre escolher e aceitar. O processo de aceitação requer um amadurecimento, uma fundamentação e um entendimento adquiridos em consequência de uma escolha, de uma preferência, de uma orientação precedente. Não se aceita um idioma sem antes escolhê-lo, seja qual for a variante a qual o estudante está afeito ou propenso a estimar, porque a língua é nada menos do que o código humano. Particularmente, reitero que só existe um Inglês, só existe um Português, e assim por diante… As diferenças não são uma parte do todo, o qual jamais será alcançado em plenitude. E é por tal razão que não se deve escolher o todo, mas o mais próximo do seu todo, da sua parte do todo. Tudo é relativo.

Ulisses Wehby de Carvalho

Antonio, tudo bem?

Muito obrigado pela gentileza de comentar. Volte sempre!

Abraços

Ulisses Wehby de Carvalho

Damião,

Obrigado por divulgar o conteúdo do Tecla SAP. Valeu!

Abraços

Ulisses Wehby de Carvalho

Laerte, tudo bem?

Obrigado pelo interesse no Tecla SAP. O espaço está aberto para quem quiser dar sugestões.

É evidente que propagandas de serviços pagos não serão aprovadas pela moderação.

Abraços,

cido
cido
9 anos atrás

Assim como alguns que comentaram aqui, eu também sou autodidata e ainda tendo de tudo para aprender inglês. No entanto, eu prefiro mil vezes o inglês britânico porque eu consigo entendê-lo melhor. Eu entendo muito mais um britânico falando do que um americano falando o mesmo texto.

Creio que há muitas variantes (MUITAS) que devem levadas em conta nas preferência de um inglês ou outro. Não se trata um britânico falando, trata-se de um ser humano ali que emite um som característico que é resultado de séculos de cultura.

A fala (ou o som) também emite uma vibração que caracteriza algo. Há algo mais que está inserido numa fala quando você a ouve – não é apenas o sotaque, mas há a cultura, a expressividade e comportamentos que, se você for sensível, irá captar apenas ouvindo. O som não é apenas um som, ele carrega inúmeras informações além daquelas que parecem óbvias.

Cada povo e lugar tem uma vibração (vamos dizer assim), como um mantra, que não transmite apenas um som, mas todo um conjunto de informações que caracteriza aquele povo ou região. E isso também se transmite pela fala, pelos gestos, pela expressão, pela arte, etc.

Há muito mais coisas numa fala do que a gente pode perceber, mas isso é um assunto, talvez, meio metafísico.

Ulisses Wehby de Carvalho
Responder para  cido

Cido, tudo bem?

Muito obrigado pelo comentário. Concordo com todas as suas observações, mas ainda assim devemos estar preparados para entender mais de um sotaque – e todos os outros aspectos que você destaca com propriedade – porque, afinal de contas, não escolhemos com que vamos nos relacionar nos campos pessoal, acadêmico e profissional.

Abraços,

Ulisses Wehby de Carvalho

Indianara, tudo bem?

Muito obrigado por comentar. Todo mundo acha “mais limpo e mais aberto” o sotaque com o qual está acostumado há mais tempo. Logo, não há veredito nessa disputa. O negócio está mais para “tudo junto e misturado”… 😉

Abraços

Damião Carlos
9 anos atrás

Sou autodidata há mais de 20 anos e ainda continuo aprendendo, aliás, devemos treinar os mais diversos sotaques, é isso que faço, embora escolha um padrão que aproxime ao Britânico. Não somos nativos, portanto o mais importante é se comunicar.

Ulisses Wehby de Carvalho
Responder para  Damião Carlos

Damião, tudo bem?

Obrigado pelo feedback. Concordo com as suas observações mesmo porque não há como escolher o sotaque de seu interlocutor, não é? 😉 Se não estivermos preparados para entender não só o britânico e o americano, mas também o australiano, o irlandês, o jamaicano, o nigeriano etc. o risco de não haver comunicação aumenta.

Isso, é claro, sem falar nos outros estrangeiros que, assim como os brasileiros, falam inglês também como segundo ou terceiro idioma. Entender os franceses, alemães, japoneses, chineses, espanhois, holandeses etc. também faz parte do processo.

E não adianta gritar: “Manhêêêê!!!”… 😉

Abraço

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Ulisses Wehby de Carvalho

Adilson, tudo bem?

Provavelmente, o que falta no seu caso é maior exposição ao idioma falado. Com a grande maioria das pessoas, a leitura é a primeira competência a ser desenvolvida. As outras chegam depois, desde que haja continuidade.

Abraços

Ulisses Wehby de Carvalho

Patrícia, tudo bem?

That’s the spirit! 😉 Obrigado pelo elogio e também comentário lúcido.

Abraços

Ulisses Wehby de Carvalho

Júlio, tudo bem?

Obrigado pela visita e pelo elogio. Agradeço em nome de Michael Jacobs, o autor do texto.

Abraços

Felipe Junio
Felipe Junio
9 anos atrás

Concordo com você, temos que treinar com tudo aquilo que temos em mãos. Quanto aos tipos de inglês, eu acho mais fácil de entender o americano, devido essa grande presença da cultura deles em nosso cotidiano.
Abraço!
Thank you very much! See you later.

Ulisses Wehby de Carvalho
Responder para  Felipe Junio

Felipe, tudo bem?

Obrigado por contribuir com o diálogo. Volte mais vezes.

Abraços

Ulisses Wehby de Carvalho

Hi Flávia,

Thanks for taking the time to write to us. We do appreciate the feedback.

Kudos to you for inspiring your students in their quest for knowledge. Teachers like you can actually make a difference in the lives of those kids. For the better, of course!

Take care

Laís Batista
Laís Batista
9 anos atrás

Concordo muito e vc me ajudou a decidir continuar no caminho que eu estou. Muito obrigada Ulisses.

Ulisses Wehby de Carvalho
Responder para  Laís Batista

Laís, tudo bem?

Fico muito contente em saber que o texto do Prof. Michael Jacobs foi útil para o seu aprendizado. Agradeço em nome de toda a equipe do Tecla SAP.

Abraços