Emily Dickinson: Take all away from me, but leave me Ecstasy…

Tempo de leitura: menos de 1 minuto

Emily Dickinson

Take all away from me, but leave me Ecstasy,
And I am richer then, than all my Fellow Men –

Is it becoming me, to dwell so wealthily,
when at my very Door
Are those possessing more,
in boundless poverty?

richness

Tirai-me tudo, mas deixai-me o Êxtase,
E rica serei, mais que todo Ser Humano –

Como posso residir em tal riqueza,
Se vejo em meus Umbrais
Os que possuem mais,
em tal infinita pobreza?

Cf. Emily Dickinson: The Dying need but little, Dear…
Cf. Emily Dickinson: I’ve seen a Dying Eye
Cf. Emily Dickinson: My River runs to thee

Comentários de Tradução

Esse poema nobre e exaltado nos dá uma boa ocasião para conjugar verbos com “vós” – tirai, deixai – tão bonitos e clássicos em português.

Duas rimas fáceis ajudaram a dar forma à tradução: Umbrais / mais; riqueza / pobreza.

Is it becoming me, to dwell so wealthily
Como posso residir em tal riqueza

Em outra versão deixada pela Autora a segunda estrofe não é uma pergunta, mas sim uma afirmação, e há outra opção de adjetivo para a pobreza: abject (“abjeta”) em vez de boundless (“ilimitada”). A variante diz:

Ill it becometh me to dwell so wealthily,
When at my ver Door
Are those possessing more,
In abject poverty –

(Mal me cabe residir em tal riqueza / Se vejo em meus Umbrais / Os que possuem mais / Em abjeta pobreza -)

CfTextos Mastigados

Referência: “Loucas Noites / Wild Nights – 55 Poemas de Emily Dickinson“, Tradução e Comentários de Isa Mara Lando, Disal Editora, 2010. Leia a resenha.

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Gabriel
Gabriel
11 anos atrás

E aí, Ulisses! Legal, essa letra comentada. É assim que eu me divirto aprendendo. 😀 Ah, e na letra lá tá escrito “boudless”. Abraço!