Comida é cultura também

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Michael Jacobs

Comida é cultura também

Dois engenheiros de meia-idade numa sala de aula. Eles tentavam, pela milésima vez, aprender a falar inglês. Eu, com a difícil tarefa de estimulá-los (mais do que ensiná-los), ouvia um deles falar sobre a filha de 15 anos, que tinha ido morar nos Estados Unidos havia duas semanas.comida é cultura

Segundo ele, a jovem ligava collect (a cobrar; se ela estivesse na Inglaterra teria ligado reverse charges) para casa reclamando de tudo, principalmente da comida.

“Só se come hambúrguer por aqui. Não aguento mais”, dizia a adolescente. E o pai, que havia estado naquele país algumas vezes, entendia o desespero da garota.

Ouvi pacientemente o relato (todo em inglês, naturalmente), mas achei estranho o que estava acontecendo. Sempre que estive nos Estados Unidos comi muito bem, incluindo hambúrgueres. Aliás, em todos os países que visitei, tive refeições agradáveis – até na Inglaterra, cuja reputação culinária não é das melhores. Será que não sou muito exigente?

A verdade é que muitos jovens brasileiros só comem hamburgers, hot dogs e pizzas nos Estados Unidos porque não querem se “aventurar” a pedir outras refeições, também disponíveis. Preferem ficar no cardápio conhecido e não ter surpresas. Esse comodismo reflete-se no aprendizado de inglês. Sem variações no cardápio não se adquirem inovações vocabulares. Sei que a restrita dieta fast food está presente em todo o mundo. Mas, com um pouco de esforço e imaginação, é possível enriquecer sua mesa, bem como seu paladar, sem gastar muito.

Cf. Como melhorar o listening? A dica que você nunca ouviu…

Só mais um detalhe. Acho engraçado um brasileiro reclamar de uma dieta única no exterior ao mesmo tempo que morre de saudade do arroz e feijão. Sim, o arroz e feijão nosso de cada dia também é um cardápio bem restrito.

Não quero criticar algo que parece sagrado aos brasileiros, principalmente porque mexer com o estômago dos outros é perigoso. Até gosto de arroz e feijão, mas não todos os dias. Para mim, uma vez por semana basta. Seu paladar, leitor, pode ser diferente do meu, mas aposto que você concorda com o meu raciocínio.

Cf. Frases úteis – Restaurante

Cf. Mais frases úteis no restaurante

Cf. Temperos: 70 condimentos em inglês (com tradução)

Gostou da dica? Você concorda com o Michael Jacobs, o autor do texto? Nós do Tecla SAP gostaríamos de saber a sua opinião sobre o assunto. Você sabe o que aparece na foto acima? Por favor, envie sua resposta na seção de comentários abaixo. Muito obrigado!

Referência: “Como Não Aprender Inglês – Edição Definitiva” de Michael Jacobs – Editora Campus/Elsevier, 2002. Leia a resenha para obter mais informações sobre o livro. Adquira seu exemplar com comodidade e total segurança no site da Disal Distribuidora.

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Ulisses Wehby de Carvalho
Ulisses Wehby de Carvalho
10 anos atrás

Eduardo, tudo bom?

Obrigado por nos contar a história de sua amiga. Concordo plenamente com as sua observações. Volte sempre!

Abraços

Ulisses Wehby de Carvalho
Ulisses Wehby de Carvalho
10 anos atrás

Murilo, tudo bem?

Obrigado pelo comentário. Agradeço em nome de Michael Jacobs, o autor do texto. Você está certo, a fruta da foto é a pitaia também chamada de fruta do dragão. Em inglês, é “dragon fruit”.

Abraços,

Ulisses Wehby de Carvalho
Ulisses Wehby de Carvalho
10 anos atrás

Jorge, tudo bem?

Obrigado pelo comentário. Aproveite bem a viagem para saborear pratos diferentes e deixar o inglês em ponto de bala também.

Abraços