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Emily Dickinson
As if the Sea should part
And show a further Sea –
And that – a further – and the Three
But a presumption be –
Of Periods of Seas –
Unvisited of Shores –
Themselves the Verge of Seas to be –
Eternity – is Those –
É como se o Mar se abrisse
E nos mostrasse outro Mar –
E este – outro mais – e os Três
Fossem só premonição –
De Períodos de outros Mares –
Por praias não visitados –
Estas também à Beira de Mares não inventados –
A Eternidade – são os Mares que virão –
Cf. Emily Dickinson: The Dying need but little, Dear…
Cf. Emily Dickinson: I’ve seen a Dying Eye
Cf. Emily Dickinson: My River runs to thee
Comentários de Tradução
As if the Sea should part
É como se o Mar se abrisse
Themselves the Verge os Seas to be
Estas também à Beira de Mares não inventados
A tradução literal seria “Mares por vir”, ou “Mares ainda por vir”. Para favorecer a rima e a métrica tomei a liberdade de adotar “Mares não inventados”, que me pareceu belo e coerente com o poema. (Valiosa sugestão da Profa. Giselle Mantovani.)
Para fazer as honras a “Mares nunca dantes navegados”, verso que pede para entrar nesse poema, incluí uma versão livre, o Fado da Eternidade.
Fado da Eternidade
É como se o Mar se abrisse
E nos mostrasse outro Mar –
E este Mar também se abrisse
Pra nos mostrar outro Mar
É como se todos os mares
Fossem só uma visão
De outros Mares, outros Mares,
Estes também à Beira
D’outros Mares, outros Mares,
Nunca dantes navegados,
E nem sequer inventados
A eternidade – Ai, a Eternidade
São os Mares que virão!…
A Eternidade – Ai, a Eternidade
São os Mares que virão!…
Referência: “Loucas Noites / Wild Nights – 55 Poemas de Emily Dickinson“, Tradução e Comentários de Isa Mara Lando, Disal Editora, 2010. Leia a resenha.