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CAMPBELL
Além de ser marca de sopa cuja lata ficou imortalizada na obra de Andy Warhol, Campbell é também um sobrenome muito comum nos países de língua inglesa. Mesmo se você detestar sopa de lata, o que você não deve fazer é pronunciar a letra “P” em Campbell. Diga, portanto, /KÉM bel/ sem medo de errar.
Mas o caldo pode entornar de vez se você falar “sabão” quando quiser dizer “sopa”, pois a pronúncia correta de soup (sopa) é /sup/ ao passo que a de soap (sabão) é /soup/. Lembre-se também de que o sobrenome do artista plástico é /war HÓL/, ou seja, a sílaba tônica é a segunda. Isso, é claro, se você estiver falando em inglês. Leia o exemplo a seguir com atenção para não cair em nenhuma dessas três armadilhas.
Cf. Naomi Campbell
Cf. Pagando Mico: Sopa de sabão
- Pop Art icon Andy Warhol incorporated images such as Campbell’s soup cans, dollar bills and celebrities’ faces into his work. (CNN)
- Andy Warhol, ícone da Pop Art, incorporou imagens como a das latas de sopa Campbell, cédulas e os rostos de celebridades em seu trabalho.
Cf. KEEP CALM: como pronunciar as palavras com L mudo?
Você sabia que a letra “P” em “CAMPBELL” não é pronunciada? A dica foi útil? Por favor, envie sua resposta na seção de comentários no rodapé da página. Nós do Tecla SAP gostaríamos de saber qual é a sua opinião. Muito obrigado pela participação!
Referência: “Guia Tecla SAP: Pronúncia“, de Ulisses Wehby de Carvalho, ©Tecla SAP, 2012. Leia a resenha.
Não sei se o P é totalmente omitido. Quando a gente pronuncia a primeira sílaba, os lábios automaticamente já fazem o movimento para o som do P, e ele sai sim um pouco antes do B, mesmo você não tendo intenção de pronunciar. É praticamente uma junção do P e B, bem rápido. O que não pode mesmo é mandar um “campibéll”.
Na pronuncia de “Hopkins” o ‘p’ é omitido também???
Jivago,
Acredito que não. Obrigado pelo interesse no Tecla SAP.
Abraços a todos
Por falar na pronúncia do nome Warhol, cuja sílaba tônica é a última, há também o caso do nome Monroe, que também se pronuncia como oxítona, algo como man/RÔU, não é mesmo, Ulisses?
Fábio,
Exatamente. Muito bem lembrado, mais uma vez! 😉
Abraços a todos
Nusss..demorei para ler esse exemplo!!! Kkkkk! Vlw Ulisses, vou me lembrar das dicas! 😉
Graziela,
Obrigado pelo interesse no Tecla SAP e pelo comentário. Volte mais vezes.
Abraços a todos
Tem certeza dessa pronúncia de “Warhol”, Ulisses? Eu sempre ouço a tônica na primeira sílaba na América do Norte…
Dá uma olhada neste link:
http://www.oxfordadvancedlearnersdictionary.com/dictionary/andy-warhol
parece-me tônica na primeira tanto em BrE como AmE, não?
preciosa dica!
eu sempre pronunciava o “p”
;P
Boa dica, essa das letras mudas. Em inglês, existem muitas. Veja neste pequeno trecho do livro ONCE UPON A TIME UM INGLÊS…, de John D. Godinho:
“…o inglês de hoje ainda é escrito para refletir a pronúncia das pessoas que viveram há 400 anos ou mais. Nos tempos de Chaucer, o k era claramente pronunciado em palavras como knife (faca), knee (joelho) e know (saber), assim como era o l em walk (andar), talk (falar), e palm (palma). Em resumo, as letras mudas das palavras mais comuns de hoje já tiveram seu dia. Suspeita-se que elas continuam ainda conosco apenas com uma finalidade: a de atazanar a cabeça de quem usa o inglês, nativos ou não.
Como acontece de longe a longe com qualquer língua, o inglês também tem sofrido, e muito, nas mãos e bocas de pessoas de influência, sempre cheias de boas intenções. “Intelectualices”, dizem alguns críticos mais exaltados. Foi o que aconteceu no século XVII quando uma paixão pelas línguas clássicas assolou a Inglaterra. De repente, nos círculos de intelectuais e de outros formadores de opinião, começaram a surgir exemplos de mudanças ortográficas numa tentativa de trazer o inglês mais perto do latim.
Os resultados são, hoje, considerados absurdos, mas, enfim, estão todos aí e não há forma de evitá-los. Veja só. Os eruditos insistiram em colocar um b em debt (leia-se dét/dívida) e doubt (dáut/dúvida) simplesmente porque essa letra existe nas palavras debitum e dubitare, em latim. Mas note que o b continua mudo, e a pronúncia continua a mesma como no tempo em que as palavras eram dette e doute. Pelos mesmos motivos, a palavra island (ilha) ganhou um s, scissors (tesoura) um c, e anchor (âncora) um h. Nenhuma dessas letras era, nem é, pronunciada. Faz sentido? Foi por essas e outras que o escritor americano Ambrose Bierce, no seu livro The Devil’s Dictionary, descreveu a ortografia inglesa como “a ciência de soletrar com o olho em vez de com o ouvido, praticada com mais afinco do que sabedoria por gente internada em manicômios.”
Mauro Q.